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sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

De volta ao Presente Passado



Ganhei coragem de voltar a falar contigo. De certa forma estou muito melhor depois de ter falado contigo, não sei bem porque mas achava que estava na altura de voltar a falar contigo.
Estava na altura de eu crescer, de perder os meus medos, e um deles era voltar a falar contigo. Já não falávamos à mais de um ano, como é possível para quem nós éramos os melhores amigos e falávamos todos os dias, como era possível deixarmos-nos de falar durante um ano! Mas acredito que foi melhor assim. Esse tempo deu para eu crescer. Desejava que essa mudança em mim desse para me veres com outros olhos!
Foi no domingo, à um mês atrás, que ganhei coragem em falar contigo no facebook, acredito que não estivesses a espera que eu voltasse a falar contigo, aí o teu espanto em todas as tuas frases com pontos de exclamação. Tivemos uma boa conversa. Só podíamos ter tido uma boa conversa, afinal nós somos amigos para sempre, como tu disseste um dia... Mas, o que lá vai lá vai, não é assim!? O passado fica no passado!
No dia seguinte, depois de eu ter ido almoçar, fui para casa e para o meu espanto encontrei-te ali, na paragem dos autocarros, assobiei e nada, fui-me aproximando de ti, cheguei a meio e observei-te para ter a certeza de que eras tu, não tinha a certeza, mas eras, continuei ate ficar bem próxima de ti, e tu não te apercebeste que eu ali estava, deite um toque no braço (esquerdo) aí viras-te a cabeça e viste-me e cumprimentaste-me com um beijinho na bochecha. Ficamos a falar um pouco, disseste-me que estavas cheio de sono, que não tinhas dormido nada e que tinhas tido dois testes. De facto estavas cansado, deu para ver bem no teu aspeto meio desmazelado, estavas com a barba grande, tinhas os olhos distantes. Eu estava tão perto de ti que não reparaste logo, estavas a ouvir música, pois nem assobio nem tão perto de ti. Vi em ti uma outra pessoa que não tu. Estavas distante.
Eu disse que não tinha ido a multimédia, pois tinha adormecido, ficaste espantado, “Adormeceste?” eu, “Adormeci!” (sorrisos).
Depois, fui-me embora e mais à frente fiquei a pensar… Podia ter ficado mais um pouco, até que o teu autocarro chegasse, para te fazer companhia. Mas não, para meu espanto eu não quis estar mais ao pé de ti, também só tinha falado contigo no dia anterior. Mesmo assim, fiquei satisfeita comigo, sei agora que cresci. Se calhar tu estavas a espera que eu te fizesse companhia. Desculpa cresci! Também não te quis incomodar, estavas distante, não ia ser boa companhia.
O mais estranho é que éramos só TU e EU. Nunca tinha acontecido isto, de eu ir para casa e te encontrar! Coincidências? Não, já não acredito nisso! Talvez. Mas tenho mais a noção de que o destino que nos fez cruzar.

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